Por quê você deve desapegar de seu cargo de gestor?
- Júnior Rodrigues
- 20 de dez. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de out. de 2020

Ouvi recentemente a frase que deu origem a esse título, que externava de forma bem clara a mensagem que eu venho passando sobre o papel da liderança no contexto ágil.
Mas você, que vem galgando seu crescimento na carreira, subindo os degraus da organização, preenchendo sua carteira de trabalho e seu currículo com cargos imponentes, já parou pra refletir a respeito?
O modelo tradicional e hierarquizado cada vez mais perde espaço nas organizações. Com as abordagens ágeis, conceitos como horizontalização, management 3.0 (do Jurgen Appelo) e liderança servidora, as empresas trilham um caminho totalmente oposto.
Mesmo em ambientes que ainda se apoiam no comando e controle, os gestores precisam ampliar sua visão para além das fronteiras de suas áreas (veja nesse artigo onde eu já apontava esses aspectos para gerente de projetos https://bit.ly/2Lqpd47).
Alguns episódios me fizeram lembrar da frase título do artigo essa semana. Há poucos dias, a publicação do Richard Vasconcelos se despedindo do comando da Britannia, falou de alguns pontos importantes sobre o papel da liderança, as quais destaco abaixo:
Liderar respeitando diferenças
Ouvir as pessoas
Delegar e confiar
Não se chega a lugar algum sozinho
As demais cenas que observei foram de uma pessoa que não quer mais "ter" um cargo de gestão, pois não está mais exercendo essa função, e outra que questionou sua função e quer exercer esse "cargo", justamente porque o possui.
Essa mudança de mindset por parte dos gestores é de suma importância para a sua adaptação nesse contexto atual, onde uma abordagem de liderança deve falar mais alto.
Como a mudança é contínua e rápida, a liderança precisa ser autossustentável e multi-nível, e ter um papel ainda mais importante em manter a visão viva durante todo o ciclo de mudanças.
Em adição, ela precisa garantir que a mudança tenha profundidade e amplitude cascateada em toda a organização, bem como ser capaz de abraçar e articular a visão, com poder e confiança.
Ter prontidão ágil, também, para identificar as intervenções necessárias para apoiar a mudança, como Governança e Medidas de Desempenho adaptados, que mostrarão o nível atual de alinhamento e identificarão os roadblocks a serem superados.
Com equipes auto-organizadas, capacitadas e bem conectadas, permite-se que os planos se adaptem e mudem rapidamente, o que é uma capacidade vital no mundo "Just-in-Time" do Agile. Da mesma forma que o engajamento das partes interessadas e das equipes, sendo que a narrativa da mudança precisa ser clara e consistentemente tecida para isso.
Esse ciclo contínuo de lançamentos e transições aumentam a necessidade de planejamento e execução de uma comunicação eficaz. Sem essa consciência, as pessoas resistem em acolher e abraçar a mudança dentro do seu contexto, bem como da forma como está sendo entregue.
Sendo assim, a agilidade é um estado de ser - não só o que fazemos. E líderes que tem um mindset ágil podem melhorar a agilidade organizacional e obter mais sucesso em sua implementação nas empresas.
E aí, vai continuar apegado ao seu cargo?
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